sábado, 27 de dezembro de 2008

Introdução

Pense bem: será que a maior parte dos brasileiros está satisfeita com suas finanças? Será que o dinheiro que sai nos gastos mensais é proporcional ao que entrou? A maior parte das pessoas afirma que realmente estão insatisfeitas quando o assunto é finanças pessoais. Mas é falta de dinheiro? O problema poderia ser solucionado com aumentos nos salários? A resposta – na maioria dos casos – é não, por incrível que pareça.
Quando a pessoa, dominada por impulsos consumistas (é o que ensina a mídia ou aprendemos erroneamente, seguindo os passos de amigos e familiares), diz que está sem dinheiro, na verdade significa que o dinheiro acabou por conta de gastos além do que esta poderia assumir. Muitas das vezes o dinheiro que entrou não foi pouco; os gastos é que foram muitos. Conforme o salário aumenta, a pessoa tende a assumir contas maiores, sem pesar no bolso, para ver se ele “agüenta”.
Ver se o dinheiro “agüenta” é uma forma de planejamento financeiro um tanto quanto ineficaz. Se a pessoa simplesmente assume várias contas novas a cada aumento de salário e não põe tudo na balança, ela corre sério risco de chegar ao fim do mês com os bolsos vazios e com a conta no vermelho.
Uma melhor forma de fazer um planejamento financeiro: Se tudo for escrito, somado, subtraído e pensado com antecedência, há uma previsão, ou seja, uma visão antes da hora. A pessoa vai conseguir enxergar além do presente, vai ter também uma idéia ou maior noção do futuro, ampliando seu controle sobre ele e com isso aumentando as chances de o que foi planejado ocorrer.
A todo tempo as pessoas são influenciadas de forma negativa. Como? À elas é solicitando que comprem, consumam, se afoguem em prestações, empréstimos, financiamentos, cheque especial... Enfim, paguem juros, ou seja, paguem mais caro ainda por suas compras e por utilizar determinados serviços.
E como fazer para evitar o consumismo desenfreado? Simples. Basta saber diferenciar necessidade de vontade. Quem já jantou e quer a sobremesa, está com vontade. Quem está com fome de verdade, necessita de fato comer algo. Uma pessoa que só tem um par de sapatos, em estado ruim, tem necessidade de um novo par. Agora uma que tem vários pares, de várias cores e estilos diferentes, e passa por uma vitrine atraente e diz que precisa de um tênis novo? Ela não precisa de um tênis novo. Ela quer.
Isso exige autocontrole, que depende de um alto grau de racionalidade, de conseguir pesar as conseqüências de se viver em uma cultura imediatista, na qual ter agora é mais valorizado do que guardar, para ter mais depois. Depende também, entre outros fatores, de uma educação financeira, que dará toda a base para o desenvolvimento financeiro de cidadãos.
Para se ter uma vida sossegada, as pessoas deveriam cuidar do equilíbrio dos seus ganhos com os seus gastos, e do equilíbrio do dinheiro do presente com o do futuro. Ganhar mais do que gastar; guardar uma parte para quando precisar, ou para um grande objetivo – estes são os primeiros passos para na direção certa, o início de um planejamento financeiro.
Seus objetivos podem ser alcançados, junto à concretização do seu planejamento de vida e financeiro, isso depende principalmente da sua força de vontade e dedicação. Faça a sua parte, se esforce, persista em atingir suas metas e com isso a probabilidade dos seus sonhos se realizarem irá aumentar.

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