sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Fatores que Influenciam a Sua Renda - Educação Financeira

Educação financeira é um assunto que tem origem no berço. Isso porque as primeiras lições relacionadas a dinheiro que temos são aprendidas diretamente das nossas famílias, do ambiente em que vivemos e de amigos próximos. Quanto mais se discutir, conversar, ler e estudar sobre finanças pessoais, maior e mais intenso será o aprendizado, bem como a capacidade de gerar e acumular capital ao longo do tempo.
Grande parte da população não tem acesso a uma boa educação de base e muito menos a uma educação direcionada às finanças, o que pode implicar em conseqüências graves, como a incapacidade de fazer cálculos básicos com juros, de relacionar capital com tempo e de discernir entre boas e más escolhas financeiras ao longo das suas vidas. Nossa cultura de forma geral não dá muito valor à acumulação de capital e toda importância que este tema deveria merecer e às vezes até mesmo condena tal atitude.
Sem dinheiro guardado, o poder de compra de uma pessoa é reduzido, isso porque ela só terá acesso a produtos e serviços de menor valor do que ela teria caso ela juntasse dinheiro. Quem tem maior capital em caixa recebe mais rendimentos, por juros e dividendos, o que no fim das contas fará com que o poder aquisitivo -potencial de compras- do detentor do dinheiro aumente com o tempo.
A forma de agir da população tem efeito direto sobre a economia, se o povo ou a maioria não tem reservas monetárias, então toda a economia baseada nesta nação é fragilizada e tende a correr mais riscos com instabilidades financeiras e econômicas. Isso pode ser observado em épocas de crise, nas quais os países que mais sofrem acabam sendo aqueles em que as reservas são menores. Estendendo este pensamento para o nosso dia-a-dia nós temos que, assim como os países, as pessoas com menores reservas monetárias acabam sendo as mais prejudicadas em tempos em que a economia está turbulenta.
A falta de educação financeira acaba por levar grande parte da população diretamente para armadilhas do tipo “prestação que cabe no bolso” (como se ficar pagando juros para os outros fosse uma ótima idéia). O povo mal educado financeiramente tende a não saber como agir quando o assunto é dinheiro, pois também desconhece as alternativas que têm para aplicação dos seus recursos, como fazer para o seu dinheiro trabalhar por ele, os malefícios de sair gastando toda sua renda, sem pensar no futuro e criar uma poupança.
Cidadãos com boa formação financeira tendem a se destacar dos demais, acumulando ainda mais capital e aumentando com isso a desigualdade social. É como uma forma de relação social na qual os que detêm o poder criam condições para que seus descendentes ou iguais continuem por cima, enquanto os que não têm o conhecimento (neste caso educação financeira) nunca consigam chegar ao poder.
São raros os casos de pessoas que vêm de famílias ou meios sociais desprivilegiados financeiramente, economicamente e crescem na vida, se destacando dos demais e conquistando poder e dinheiro. Uma das explicações para este fato é porque nestes meios a educação financeira é incomum e a cultura que permeia por esta fatia da sociedade é a do trabalho pelo dinheiro e não a do dinheiro trabalhando pelo seu dono.
Educação financeira deve ser para todos, assim melhores condições serão criadas para haver igualdade, para que os pobres fiquem mais ricos sem, necessariamente, que os ricos tenham que ficar mais pobres. Com educação financeira todos saem ganhando.

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