terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Até que Ponto Vale a Pena Planejar

Quando o assunto é planejamento de vida a maioria das pessoas tende a pensar logo em aposentadoria. Por que estes dois temas estão tão intimamente ligados dentro de nossas mentes?
O que ocorre é que, para a maioria, a aposentadoria é um divisor de águas, antes do qual existe uma vida profissional ativa e interativa com uma vida familiar e depois há apenas a vida e convívio familiar, sem mais obrigações trabalhistas. A aposentadoria é como um marco na vida de uma pessoa e por isso ela é tão fortemente relacionada ao planejamento.
Partindo deste pensamento e extrapolando-o, podemos chegar à conclusão de que todo e qualquer acontecimento considerado de grande importância durante o decorrer de nossas vidas deve ser planejado e não apenas a aposentadoria.
Curto, médio ou longo prazo?
Estes acontecimentos podem ocorrer dentro de um mês, três anos ou até 40 anos, por exemplo, mas independente do tempo não devemos nunca deixar de dar atenção a eles e a seus planejamentos.
No curto prazo temos a tendência de entender como importantes acontecimentos de menor valor, mas nem por isso insignificantes, como por exemplo, um feriado prolongado ou uma reunião com a equipe de trabalho, para definir o futuro de um projeto. Podemos e devemos planejar muito bem estes momentos, mas este planejamento será relativamente simples e envolverá menos variáveis do que um de longo prazo, como foi discutido anteriormente.
Não valeria a pena planejar o que seria feito neste feriado ou naquela reunião se eles fossem ocorrer daqui a cinco anos, isso porque são fatos considerados de grande importância no curto prazo, mas de total irrelevância no longo prazo, quando tantos fatores condicionais poderiam influenciar, tornando seus planejamentos inúteis.
Já acontecimentos corriqueiros, ou nada extraordinários, não precisam ser planejados nunca. Por exemplo, é como se planejar que no domingo, daqui a duas semanas vou comprar pão de manhã vestindo camisa de bolinha e calção verde. Não tem por que, é inútil e não altera expressivamente nenhum grande acontecimento na sua vida.
Agora, se você pretende se casar com a sua vizinha, que sempre compra pão domingo de manhã em determinado horário e ama a cor verde e camisas de bolinha, aquele seu planejamento muda de foco: agora ele passa a ter um motivo mais nobre para existir (a vizinha, seu casamento e conseqüentemente seus filhos e netos), e por ser uma etapa dentre tantas outras para que um acontecimento maior se realize, isso vale a pena ser planejado. Este foi um exemplo de como fatos simples devem ser encadeados e planejados de forma que objetivos mais complexos sejam alcançados.
Portanto, se o foco do seu planejamento é considerado de grande importância e para isso ele deve ser composto de diversas etapas, vários passos menores e sub-objetivos, então cada ação até o final vale a pena ser planejada. Do contrário, nem vale a pena esquentar a cabeça; deve-se deixar que os fatos se desenrolem sem maiores preocupações.

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